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Em busca de ursos polares no Canadá

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    Em busca de ursos polares no Canadá 

    O post de hoje foi escrito por uma querida amiga, Mirela Sodré, apaixonada por viagens exóticas. Essa baiana retada saiu em busca de ursos polares no Canadá, mais precisamente na cidade de Churchill, e contou tudo pra gente aqui no VOALI. Obrigada Mirela!

    “Depois de desviar de Sandy, o furacão, e horas de vôo suficientes para tirar meu brevê de piloto, chegamos a Winnipeg. No dia seguinte voaríamos cedo, e mais uma vez, com destino a Churchill. A pequena cidade sub-ártica no norte do estado de Manitoba, com temperaturas de outono amenas de -20ºC, é conhecida como cidade dos ursos polares. Esta época, de início de novembro, é a alta estação para quem quer ver os maiores mamíferos carnívoros da Terra.

    Pretendíamos visitar o Canadá e decidimos ir a Churchill, após comprar o guia da Lonely Planet com uma irresistível mamãe ursa e seu filhote na capa. Depois de pesquisar várias operadoras locais, escolhemos a Churchill Nature Tours, que já tem mais de 25 anos de experiência em Ecoturismo. Optamos por ela, pois eu queria um grupo pequeno, com um guia especializado e uma programação legal. Nosso grupo tinha mais três casais, além de nós; um casal canadense, um americano e um mexicano. Nosso guia era fantástico: Patrick, ou Pat como passamos a chamá-lo, era um biólogo aposentado que tinha trabalhado durante décadas em diversos parques nacionais do Canadá, e sabia muito! E nossa programação incluía passeio pela tundra de helicoptero, “safari” para ver os ursos e dog sledding.

    Se você deseja ver de perto os ursos polares, o início de novembro é a melhor época, pois eles começam a se aglomerar perto das praias para esperar o congelamento das águas do mar (que hoje graças ao aquecimento global, ocorre cada vez mais tarde) e sair em busca de alimento: as focas. A região sub-ártica é linda! Muita neve branquíssima, a vegetação da tundra, o mar azul, verde e cinza, e belos e rosados nascer e por do sol. No primeiro dia, fomos visitar o Museu dos Esquimós, ou Inuits, que é pequeno mas tem um acervo bem legal. Logo depois aproveitamos o bom tempo e fomos ver a tundra, os ursos e os alces do alto, pelo helicóptero. À noite, vimos uma apresentação de lindas imagens do um fotógrafo local e aprendemos mais um pouco sobre a região, e sua fauna e flora.

                                    Canada PolarBear

    No dia seguinte, durante o “safari”, em caminhões especiais para andar no terreno gelado, além de ver os lindos (e paradoxalmente fofos) ursos de pertinho, pudemos ver uma serelepe raposa vermelha, belos pássaros, além das cores das pedras, do mar, lagos, do céu, da pouca vegetação, e que aos poucos você vai apurando o olhar e percebendo seus diversos tons de verde escuro, musgo, marrons, cinzas, beges, ocres e vermelhos. Confesso que não é a mesma exuberância a que estamos acostumados de uma floresta tropical, são cores inesperadas. O sub-ártico tem tons mais sóbrios, menos chamativos, mas tem uma beleza incrível, e à medida que o olhar vai se tornando mais sensível, fica mais belo. E ver um grande urso polar, que aliás não é branco, mas ligeiramente amarelado, em seu habitat, tranquilo, brincando, descansando ou curioso com os visitantes, é uma emoção!

                                     Canada Sunset

    À noite, como o tempo tinha virado e o céu não estava limpo, não pudemos sair à caça das luzes do norte, ou a aurora boreal. Fomos então conversar com um casal de Inuits, numa tenda típica, que nos contou um pouco sobre seus costumes e cultura. É impressionante a quantidade de artefatos que eles desenvolveram para viver em seu ambiente, a qualidade de seus bordados, e a opção de ainda viverem em tribos em pontos gelados e afastados das cidades. 

    No terceiro dia, fomos fazer o dog sledding, ou o trenó de cachorros! Pense num frio! Mas foi bem legal! Tivemos uma ótima apresentação do dono do local, que tem seu grupo de cachorros atletas, já participou de algumas corridas de dog sledding pelo Canadá e nos contou como cuidava dos seus animais e como era a vida deles como atletas e como eles amavam aquela vida. De fato, os cachorros enlouquecem quando são chamados para correr! Com vestimentas reforçadas para o frio do exterior, subimos no nosso trenó e corremos com nosso grupo de cachorros! Foi muito divertido e ficamos querendo mais de uma volta! À tardinha fomos ao aeroporto, nos despedimos de Pat e retornamos a Winnipeg, com aquele sorriso de criança (e também adultos) quando acabam de sair da montanha russa, comer uma mega sobremesa ou ver ursos polares. Um sorriso e gostinho de quero mais!

    Ficamos hospedados Polar Inn, que já estava incluído no pacote! Era uma pousada ótima e todas as refeições (também incluídas) fazíamos no Gypsies, uma padaria/restaurante de uma família de portugueses.

    Para reservas de hotéis em Churchill, vejam as opções disponíveis no booking.com nesse link.

     
    Viajamos de Delta, pois a idéia inicial era só NYC, onde paramos na volta. Então compramos os trechos internos de EUA-CANADA pela Delta tb. É bom lembrar que é preciso visto para o Canadá, não sabíamos e foi uma correria para sair a tempo.”

    Para quem quiser se aventurar:

    Churchill Nature Tours

    www.churchillnaturetours.com

    Email: mail@churchillnaturetours.com

    Telefone: (204) 636-2968

    Para maiores informações, acesse: everythingchurchill.com

     


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    Priscila Reis

    Baiana, viajante profissional e advogada na área de direito digital, fundou o site #voali depois de muitas andanças pelo mundo, aliado ao seu interesse por tecnologias da internet. Prefere voltar a um lugar amado mil vezes do que conhecer mil lugares.

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